 INTRODUÇÃO
                              INTRODUÇÃO A 
                                Comunhão das Igrejas Cristãs Episcopais 
                                no Brasil (CICEB) é uma comunhão 
                                dentro da Igreja una, santa, católica e 
                                apostólica cuja identidade está 
                                enraizada no anglicanismo histórico. Na 
                                CICEB a fé Cristã é entendida 
                                e vivida como nos foi transmitida pelos apóstolos 
                                e através da Igreja Anglicana dos primeiros 
                                séculos e das Sagradas Escrituras.
                              A CICEB é uma Igreja contemporânea 
                                onde a convergência de ministérios 
                                está alicerçada nas verdades da 
                                Igreja primitiva e histórica, unindo o 
                                culto racional à confissão e à 
                                adoração, ao mesmo tempo em que 
                                se aproxima do mundo de hoje respondendo às 
                                necessidades dos crentes e dos não crentes. 
                                A CICEB é uma via intermediária 
                                entre católicos e protestantes aceitando 
                                ambas as partes como “uma em Cristo“ 
                                e tirando o que há de melhor em cada uma 
                                delas. Desta forma, a CICEB é uma comunhão 
                                formada por congregações que são 
                                totalmente evangélicas, totalmente carismáticas 
                                e totalmente litúrgicas e sacramentais.
                              Diferentemente do que possa parecer, 
                                a CICEB não é uma nova confissão 
                                religiosa ou denominação. Somos 
                                uma comunhão de Igrejas, como o próprio 
                                nome indica. Isso se deve ao fato de que uma comunhão 
                                deve refletir a unidade e a singularidade da Igreja 
                                católica e apostólica ao abraçar 
                                ambas as tradições: a protestante 
                                e a católica unidas pelo Espírito 
                                Santo. Ao mesmo tempo, a comunhão toma 
                                uma forma visível através das diferentes 
                                expressões e práticas que estão 
                                de acordo com seu trabalho diário e vida 
                                cristã. 
                              Uma comunhão expressa a 
                                unidade estabelecida originalmente por Jesus Cristo 
                                na Igreja de Deus. A comunhão não 
                                nasce de divisões criadas por diferenças 
                                históricas sobre a doutrina e a prática 
                                cristãs, mas representa a volta à 
                                unidade apoiada na recuperação do 
                                essencial da Igreja antiga, medieval e contemporânea.
                              A CICEB se encaixa dentro das correntes 
                                anglicana e celta. Ela foi criada por uma convergência 
                                de grandes expressões históricas 
                                de fé, ordem e prática: as tradições 
                                evangélicas, carismáticas, litúrgicas 
                                e sacramentais. Os princípios fundamentais 
                                se definem dentro do Quadrilátero de Chicago-Lambeth 
                                de 1886-1888 que tem como pontos básicos 
                                o seguinte:
                              1. As Sagradas Escrituras do Antigo 
                                ao Novo Testamento contêm todas as coisas 
                                necessárias para a salvação 
                                e são a regra e definitiva norma de fé;
                              2. O Credo Apostólico como 
                                o símbolo batismal e o Credo Niceno como 
                                a declaração suficiente de fé;
                              3. Os sacramentos ordenados pelo 
                                próprio cristo, o Batismo e a Ceia do Senhor, 
                                administrados com o uso indefectível das 
                                palavras da instituição de Cristo 
                                e dos elementos ordenados por ele;
                              4. O episcopado histórico, 
                                adaptado localmente nos métodos de sua 
                                administração e às diversas 
                                necessidades das nações e dos povos 
                                chamados por Deus à unidade de sua Igreja.
                              Esta definição estabelece 
                                as pautas para a CICEB e a tradição 
                                apostólica e deverão ser normativos 
                                para a nossa visão no movimento de convergência.
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 				 VISÃO
 
                              VISÃO
 
 
                               
                              A. A Comunhão das Igrejas Cristãs Episcopais no Brasil
			      (CICEB)  é composta de igrejas cuja identidade e 
                              auto-compreensão estão fundamentadas 
                              na tradição espiritual de ser católicas, 
                              evangélicas, protestantes e reformadas. Nós 
                              nos empenhamos em praticar e preservar a fé 
                              que nos foi dada pelos apóstolos através 
                              da igreja primitiva.
                              
                              B. A CICEB se considera uma Comunhão cujas paróquias 
                              são evangélicas,  
                              carismáticas,  litúrgicas 
                              e  sacramentais.
                              
                              C. Acreditamos, como evangélicos, que as 
                              Sagradas Escrituras são a inspirada Palavra 
                              de Deus e contêm todas as coisas necessárias 
                              para a salvação e para uma vida agradável 
                              a Deus. Nós nos aplicamos fielmente à 
                              leitura, ao estudo, ao ensino e à pregação 
                              das Escrituras, acreditando que elas são 
                              a fonte para nossa maturidade espiritual. Também 
                              aceitamos a distinção evangélica 
                              que enfatiza a importância do relacionamento 
                              pessoal com Jesus Cristo, de uma vida consagrada 
                              a Ele e de um compromisso com evangelismo e missões.
                              
                              D. Como carismáticos, acreditamos que devemos 
                              estar abertos para a atuação do Espírito 
                              Santo em nós. Homens e mulheres de Deus tradicionalmente 
                              têm sido pessoas espiritualmente bem equipadas. 
                              Desde a época dos apóstolos até 
                              à igreja moderna, os cristãos têm 
                              sido dotados de um poder superior a si mesmos, o 
                              poder do Espírito Santo. Isto nos leva a 
                              incentivar nossas paróquias a admitir a Presença 
                              do Espírito Santo, abrir-se a ele e permitir 
                              a operação de dons espirituais em 
                              nossos cultos públicos e particulares diários. 
                               E. A CICEB está unida 
                                com a santa igreja católica e apostólica. 
                                Isto significa que na essência do nosso 
                                modo de cultuar a Deus, somos historicamente litúrgicos 
                                e sacramentais. Também conservamos os credos 
                                históricos, o episcopado e o tríplice 
                                ministério ordenado (bispos, presbíteros 
                                e diáconos). Acreditamos que nosso culto 
                                deve ser litúrgico e para nós a 
                                melhor expressão disso é usar o 
                                Livro de Oração Comum. O LOC extrai 
                                sua prática e sua liturgia de diferentes 
                                pontos do tempo - desde a evolução 
                                contínua, rica e inclusiva da prática 
                                e da fé católicas até às 
                                influências da Reforma Protestante.
                                
                                F. A CICEB é protestante e reformada em 
                                seu uso da Bíblia Sagrada como seu guia 
                                e na justificação pela fé, 
                                conforme a Palavra e a Obra de Cristo e do Espírito 
                                Santo.
                                
                                G. A visão da CICEB é ser uma Igreja 
                                contemporânea na qual haja a convergência 
                                de ministérios alicerçados nas verdades 
                                históricas da antiga Igreja universal, 
                                com cultos atualizados, buscando alcançar 
                                o futuro por caminhos relevantes, indo ao encontro 
                                das necessidades de pessoas crentes e não 
                                crentes. Esta é a via média, aceitando 
                                ambos, católicos e protestantes, como "um 
                                em Cristo".
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                               DOUTRINAS
 
                             DOUTRINAS 
                              
                              Afirmamos um posicionamento 
                              baseado nas Escrituras, na tradição 
                              e na sabedoria divina. As Escrituras Sagradas se 
                              comprovam por si mesmas e, sendo a essência 
                              da Verdade, requerem nossa submissão sem 
                              reservas em todas as áreas da vida. 
                              
                              A Palavra de Deus escrita, infalível e digna 
                              de confiança, é uma completa e unificada 
                              testemunha dos seus atos redentores, os quais culminaram 
                              na encarnação da Palavra Viva, o Senhor 
                              Jesus Cristo. A Bíblia Sagrada, inspirada 
                              unicamente pelo Espírito Santo, é 
                              a suprema e final autoridade em matéria de 
                              fé e prática.
                              
                              As Escrituras Sagradas são compostas pelo 
                              Velho e pelo Novo Testamentos e devem ser interpretadas 
                              pela tradição, pela razão e 
                              pela experiência nos símbolos comumente 
                              chamados de Credo Apostólico, Credo Niceno 
                              e Credo de Santo Atanásio.
                              
                              Afirmamos ainda como doutrinas substancialmente 
                              estabelecidas os Trinta e Nove Artigos de Religião, 
                              o Quadrilátero de Chicago-Lambeth, a Declaração 
                              de Baltimore e a Convocação de Chicago: 
                              Um Apelo aos Evangélicos.
                              
                              Esta Comunhão conserva uma liturgia, que 
                              não deve ser imposta nem restringir a liberdade 
                              individual; adota o Livro de Oração 
                              Comum, como revisto, proposto e recomendado para 
                              uso pela Convenção Geral das Igrejas 
                              Protestantes Episcopais dos Estados Unidos da América, 
                              em 1785, e edições subseqüentes 
                              de 1928 e 1979, preservando o direito que cada congregação 
                              tem de selecionar a forma litúrgica que julgar 
                              mais conveniente. A CICEB reserva para si a total 
                              liberdade de alterar, resumir, aumentar e retificar 
                              o LOC, quando isso contribuir para a maior edificação 
                              das pessoas, "providenciando que a substância 
                              da fé seja mantida intacta". 
                              
                              A Palavra de Deus, encarnada e escrita, provê 
                              a base para as seguintes doutrinas: 
                              
                              1. Acreditamos em um único Deus, soberano 
                              Criador e Sustentador de todas as coisas, infinitamente 
                              perfeito e eternamente existente em três pessoas: 
                              Pai, Filho e Espírito Santo. A ele seja a 
                              honra, a glória e a adoração 
                              para sempre!
                              
                              2. Jesus Cristo, o Messias, é a Palavra Viva 
                              que se tornou carne através da miraculosa 
                              concepção pelo Espírito Santo 
                              e de seu nascimento da virgem Maria. Ele, que é 
                              Deus Verdadeiro, tornou-se Verdadeiro Homem. Suas 
                              duas naturezas estão unidas em uma Pessoa 
                              para sempre. Ele viveu uma vida sem pecado e morreu 
                              em uma cruz, oferecendo um perfeito sacrifício 
                              pelos nossos pecados, de acordo com as Escrituras. 
                              No terceiro dia, ressuscitou fisicamente dos mortos, 
                              subiu ao céu e está sentado à 
                              direita da Todo-poderosa Majestade nas alturas. 
                              Ele intercede por nós como nosso Sumo-sacerdote 
                              e Cabeça da Igreja. Jesus Cristo é 
                              o único Messias, o único caminho para 
                              a salvação, a única verdade 
                              e a única vida na qual as pessoas podem depositar 
                              sua confiança e obter a vida eterna.
                              
                              3. O Espírito Santo veio para glorificar 
                              a Cristo e realizar a obra de salvação 
                              nos corações dos pecadores arrependidos. 
                              Ele nos convence de pecado e nos atrai para o Salvador. 
                              Jesus batiza seus discípulos no poder do 
                              Espírito Santo e os capacita com plenitude 
                              espiritual para fazer o trabalho sobrenatural do 
                              ministério em seu nome. O Espírito 
                              Santo ilumina as Escrituras Sagradas, instrui os 
                              corações dos crentes e, corporal e 
                              consensualmente, nos guia a toda verdade.
                              
                              4. Estando distanciados de Deus e condenados pela 
                              queda do pecado, nossa salvação é 
                              totalmente dependente do favor e da graça 
                              imerecida de Deus. Deus credita sua retidão 
                              em favor daqueles que põem a fé em 
                              Cristo para sua salvação, justificando-os 
                              desse modo em sua santa presença. Somente 
                              aqueles que nascem do Espírito Santo e recebem 
                              Jesus Cristo, com palavras e atos de obediência, 
                              como Salvador e Senhor, tornam-se filhos de Deus, 
                              membros do corpo de Cristo e herdeiros da vida eterna.
                              
                              5. A Igreja una, santa, católica e apostólica, 
                              a verdadeira Igreja, é composta de todas 
                              as pessoas que, salvas pela fé em Jesus Cristo 
                              e pela santificação do Espírito 
                              Santo, são unidas no Corpo de Cristo. A Igreja 
                              encontra sua expressão visível, ainda 
                              que imperfeita, na congregação local, 
                              na qual a Palavra de Deus é pregada em sua 
                              pureza e os sacramentos são administrados 
                              em sua integridade, a disciplina das Escrituras 
                              é praticada e um relacionamento de amor é 
                              mantido para alimentar os crentes na vida de Cristo. 
                              Para a sua plena perfeição, a Igreja 
                              espera a volta do Senhor Jesus Cristo.
                              
                              6. Jesus Cristo voltará a terra - repentina, 
                              pessoal, visível e corporalmente - para julgar 
                              os vivos e os mortos e para consumar a história 
                              e o eterno plano de Deus. Nós procuramos 
                              servir a Cristo no mundo, cheios de fé, como 
                              seus embaixadores antecipando jubilosamente a sua 
                              volta.
                              
                              7. A missão dos cristãos é 
                              seguir o primeiro e principal mandamento do Messias, 
                              o grande mandamento: "Ouça, ó 
                              Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único 
                              Senhor". Nós, individual e coletivamente, 
                              somos requisitados e, portanto, escolhidos pelo 
                              nosso Deus - dedicados a amar o Senhor nosso Deus 
                              com todo o nosso coração, com toda 
                              nossa alma, com toda nossa mente e com toda nossa 
                              força. Nossa missão é demonstrar 
                              que somos cristãos, certificando nossa natureza 
                              inspirada e capacitada pelo Espírito Santo, 
                              demonstrando o gracioso amor de Deus Todo-poderoso 
                              por nós, individual e coletivamente, em palavras 
                              e atos, perseguindo os maiores e melhores interesses 
                              de nossos vizinhos, mostrando por eles a mesma preocupação 
                              que temos pelos nossos próprios interesses.
                              
                              8. Assim, como nos empenhamos para atingir o exemplo 
                              do amor de Deus, também queremos cumprir 
                              a grande comissão de Jesus de Nazaré 
                              ressurreto: "Portanto, vão e façam 
                              discípulos de todas as nações, 
                              batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito 
                              Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes 
                              ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até 
                              o fim dos tempos". (Mateus 28.19-20 NVI)
                              
                              9. Os seres humanos não são Deus, 
                              mas foram criados à sua imagem e semelhança. 
                              A criação serve ao Criador e é 
                              sustentada por ele. Nós fomos criados para 
                              a comunhão com Deus e em castidade, de acordo 
                              com as Sagradas Escrituras. A comunhão entre 
                              Deus e os crentes é marcada por amor, alegria, 
                              paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 
                              mansidão e domínio próprio. 
                              O domínio próprio inclui fidelidade 
                              no casamento heterossexual, abstinência de 
                              qualquer contato homossexual e abstinência 
                              sexual fora do compromisso conjugal. Domínio 
                              próprio inclui moderação em 
                              todas as áreas que possam pôr em risco 
                              a saúde, a segurança e a reputação 
                              dos indivíduos criados à imagem de 
                              Deus. Nas áreas em que as leis humanas e 
                              as tradições parecem estar em conflito 
                              com os mandamentos de Deus, como revelados nas Escrituras, 
                              tem primazia a lealdade dos discípulos às 
                              Escrituras.
                              
                              10. Declaramos que o Autor da Vida é o administrador 
                              da criação; posicionamo-nos pela preservação 
                              ambiental e pela proteção e validação 
                              da irrevogável e inerente santidade e dignidade 
                              de todas as formas da vida humana, da concepção 
                              ao túmulo. Advogamos uma firme resolução 
                              pacífica para a reconciliação 
                              de conflitos entre pessoas, grupos e nações, 
                              onde e quando isto for possível.
                              
                              11. Esta Comunhão reconhece a instituição 
                              divina dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor, 
                              ministrados com as verdadeiras palavras usadas por 
                              Cristo e com os elementos determinados por ele. 
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                                 O MOVIMENTO DE CONVERGÊNCIA
 
                                O MOVIMENTO DE CONVERGÊNCIA
                              (Escrito em 1992 pelo arcebispo 
                                Wayne Boosahda e pelo bispo Randy Sly para a Biblioteca 
                                Completa do Culto Cristão, Robert Webber)
                              “Por isso, todo mestre instruído 
                                quanto ao Reino dos céus é como 
                                o dono de uma casa que tira do seu tesouro coisas 
                                novas e coisas velhas” ( Mateus 13:52 NVI).
                              Esta passagem bíblica resume 
                                a fonte do descobrimento de uma corrente de pensamento 
                                e renovação através do Corpo 
                                de Cristo. Descrito como o Movimento de Convergência 
                                ou “Convergência das Correntes”, 
                                este insipiente movimento aparece, tanto para 
                                os observadores como para os participantes, como 
                                outra evidência contemporânea da ação 
                                continuada de Deus na história, para renovar, 
                                restabelecer e unificar o seu povo em um mesmo 
                                sentir e propósito em Cristo. 
                              O Movimento de Convergência 
                                surgiu a partir do desejo e do sentir comum de 
                                se ter uma plena experiência da espiritualidade 
                                cristã. Para facilitar, neste artigo, chamaremos 
                                este movimento pela sigla “MC”. Seu 
                                principal objetivo é trabalhar na convergência 
                                ou união dos elementos essenciais da fé, 
                                ordem e prática cristã associando 
                                as correntes: carismática/pentecostal; 
                                evangélica/reformada e litúrgica/sacramental. 
                                Desta forma, um número crescente de congregações 
                                e líderes locais de muitas outras denominações, 
                                estão encontrando “tesouros velhos 
                                e novos” herdados espiritualmente da Igreja 
                                universal.
                              A combinação ou convergência 
                                dessas tradições é vista 
                                como a obra do Espírito Santo que compartilha 
                                sua graça, como vemos na visão do 
                                Salmo 46:4-5 “Há um rio, cujas correntes 
                                alegram a cidade de Deus, o santuário das 
                                moradas do Altíssimo. Deus está 
                                no meio dela; jamais será abalada; Deus 
                                a ajudará desde a antemanhã”. 
                                Deste modo, a “Cidade de Deus“ é 
                                vista como a Igreja; o rio, como a ação 
                                e o fluir de sua presença na Igreja e, 
                                as muitas correntes, como expressões do 
                                rio que vão sendo desenvolvidas e bifurcadas 
                                do rio principal através da história. 
                              
                              Todas as correntes são necessárias 
                                para enriquecer e alegrar a cidade de Deus com 
                                a plenitude da vida, o poder, o propósito 
                                e a sua presença. Hoje nos encontramos 
                                num tempo no qual as correntes parecem correr 
                                até o rio e se unir cada vez mais. O ministro 
                                anglicano David Watson escreveu em seu livro "Eu 
                                Creio na Igreja" o seguinte: “Este 
                                rompimento com Roma (a Reforma), apesar de inevitável, 
                                devido à corrupção do tempo, 
                                desgraçadamente produziu sucessivas divisões 
                                que tem partido em mil pedaços o Corpo 
                                de Cristo, com um resultado que, hoje, a missão 
                                da Igreja é gravemente invalidada pela 
                                variedade desconcertante de denominações... 
                                Assim sendo, a Igreja é uma cristandade 
                                dividida e separada não obstante isto ser 
                                um escândalo e, cremos, todos os cristãos 
                                necessitam arrepender-se deste fato profundamente...”. 
                                Esta chamada para seguir adiante é o desejo 
                                de muitos no MC que querem ver as correntes da 
                                Igreja juntas. 
                              Wayne Boosahda e Randy Sly, da 
                                Igreja de Hosanna del Rey, expressaram a convicção 
                                de que “distantes dos dias da Reforma, agora 
                                vemos o coração de Deus movendo-se 
                                até uma categoria de reforma ao inverso 
                                ou a restauração de uma Igreja Santa, 
                                Católica e Apostólica (católico 
                                aqui usado para se referir ao mais amplo sentido 
                                da Igreja de Jesus Cristo, como Universal)”.
                              
                              A História 
                                do seu Aparecimento e Crescimento
                              O Movimento de Convergência 
                                parece ter duas fontes antecedentes em duas áreas 
                                de renovação espiritual e culto 
                                da Igreja neste século: a renovação 
                                carismática contemporânea e o movimento 
                                de renovação litúrgica, incluindo 
                                católicos e protestantes. A renovação 
                                carismática começou no início 
                                dos anos 1960 e se desenvolveu principalmente 
                                no meio das denominações. A renovação 
                                uniu elementos pentecostais e carismáticos, 
                                tais como santidade, profecia e espontaneidade 
                                de louvor e adoração, com os elementos 
                                mais tradicionais (e eventualmente, católico 
                                romanos) das práticas litúrgica 
                                e reformada.
                              O que alguns chamaram de a “Terceira 
                                Onda” ou o “Movimento de Sinais e 
                                Maravilhas” começou em volta de 1978 
                                com o aparecimento do ministério de Jonh 
                                Wimber e as Igrejas da Videira que surgiram através 
                                do seu trabalho. James Robinson, Jim Hylton, Ray 
                                Robinson, além de outros líderes 
                                batistas do sul, presenciaram uma onda que se 
                                chamou “O Movimento da Plenitude” 
                                que tocou principalmente a CBS. Peter Wagner e 
                                outros membros do Seminário Teológico 
                                Fuller, formalizaram o movimento através 
                                de seus escritos e atuaram como um filtro e ponto 
                                de enfoque. A Terceira Onda foi descrita por algumas 
                                pessoas como um epílogo da Renovação 
                                Carismática, reunindo os elementos carismáticos 
                                do culto - experiência e pratica, com a 
                                tradição evangélica.
                              A outra influência chave 
                                sobre MC foi o movimento de renovação 
                                litúrgica, que surgiu originariamente na 
                                França dentro da Igreja Católica 
                                Romana e em Oxford através do Movimento 
                                Tractariano da Igreja da Inglaterra no século 
                                XIX. A renovação litúrgica 
                                causou um ressurgimento do interesse de retornar 
                                à essência, ao espírito e 
                                à forma do culto cristão antigo, 
                                como foi praticado e entendido pela Igreja primitiva 
                                dos primeiros oito séculos. O enfoque particular 
                                foi dado aos pais apostólicos da Igreja 
                                primitiva e indivisa até o ano 390 d.c. 
                                As descobertas e o enriquecimento da teologia 
                                e a prática do culto e o ministério 
                                daquela era fértil foi derramado nas Igrejas 
                                protestantes e começou a ter um grande 
                                impacto sobre elas por volta de 1950.
                              Há um componente comum no 
                                atual MC que veio desses movimentos anteriores 
                                que é o grande desejo e a preocupação 
                                pela unidade de todo o Corpo de Cristo, a Igreja. 
                                Não obstante não ter se associado 
                                com o Movimento Ecumênico oficial do Concílio 
                                Mundial de Igrejas, o MC tem um grande desejo 
                                de aprender com outras tradições 
                                de culto e espiritualidade que estejam além 
                                de sua própria tradição, 
                                buscando assim integrar estas descobertas em sua 
                                própria prática e experiência 
                                no caminho da fé. 
                              Verdadeiramente, muitos líderes 
                                no movimento descrevem sua experiência como 
                                um caminho ou peregrinação convincente. 
                                Desta forma, buscaram através de acontecimentos 
                                soberanos, relações pessoais, leitura 
                                de livros ou idéias ocasionais, uma melhor 
                                compreensão da Igreja e, sendo assim, chegaram 
                                a conclusões que eram bastante diferentes 
                                de suas prévias perspectivas e de seus 
                                antecessores. 
                              Um caso em evidência foi 
                                Richard Foster, de antecedente quaker, cuja peregrinação 
                                pessoal o dirigiu para escrever o clássico 
                                “A Celebração da Disciplina” 
                                em que ele enfoca uma prática integrada 
                                de disciplinas espirituais perfiladas desde as 
                                cinco tradições básicas da 
                                espiritualidade na Igreja através da história. 
                                Como resultado de seu enfoque revelador, Foster 
                                convocou uma conferência em 1988 chamada 
                                “Renovare” que se reuniu em Wichita, 
                                Kentucky. Essa conferência e o objetivo 
                                de renovação converteram-se nos 
                                precursores diretos do conceito de convergência 
                                de correntes.
                              Sem ser reconhecido abertamente 
                                até 1985, constata-se, que muitas pessoas 
                                conheceram o MC no caminho proveniente de várias 
                                transformações da Igreja que tiveram 
                                experiências e pontos de vista semelhantes 
                                ou idênticos. De uma em uma, congregações 
                                e líderes foram se conhecendo com a sensação 
                                de que Deus estava fazendo alguma coisa em um 
                                nível básico semelhante a um rio 
                                subterrâneo que está perto de sair 
                                para superfície.
                              Os pioneiros contemporâneos 
                                do MC, que formaram seu conhecimento e pensamento, 
                                são homens como o Dr. Robert Webber – 
                                autor e professor de Teologia em Wheaton College; 
                                o Dr. Robert Stamps - antigo capelão da 
                                Universidade Oral Roberts; Peter Gillquist - antigo 
                                líder e agora um sacerdote e evangelista 
                                ortodoxo; Thomas Howard, de St. John Seminary; 
                                Thomas Oden – o teólogo e autor da 
                                Drew University; Howard Snyder - teólogo, 
                                autor e educador cristão; Stan White – 
                                antigo pastor da Assembléia de Deus e agora 
                                um sacerdote episcopal e outros como David Duplessis 
                                - ministro pentecostal e precursor do diálogo 
                                carismático ecumênico entre católicos 
                                romanos e pentecostais; o atual arcebispo de Cantuária 
                                George Carey; a Ordem Litúrgica de São 
                                Lucas dos Metodistas Unidos e Peter Hocken – 
                                teólogo católico romano.
                              Como podemos ver, o MC tem a capacidade 
                                de agregar pessoas que vêm de uma profunda 
                                transformação, desde fundamentalistas 
                                e evangélicos ao anglicanismo/episcopal 
                                e protestantes e, desde pentecostais clássicos 
                                e carismáticos independentes a católicos 
                                romanos e ortodoxos. Apesar de nem todos os que 
                                foram citados fazerem parte diretamente do MC, 
                                sem nenhuma dúvida, ajudaram a formar e 
                                influenciaram a visão, pensamento e prática 
                                desenvolvida dos que lá estão.
                              Robert Weber escreveu vários 
                                livros chaves na história e na prática 
                                do culto cristão tais como “Culto 
                                Antigo e Novo“, “A Adoração 
                                é um Verbo” e “Sinais e Prodígios 
                                - O Fenômeno de Convergência nas Igrejas 
                                Modernas: Litúrgicas e Carismáticas”, 
                                os quais tem sido sumamente influentes no movimento. 
                                Seu livro “Evangélicos no Estreito 
                                Caminho de Cantuária”, descreve uma 
                                tendência de cristãos evangélicos 
                                que se unem a Igrejas litúrgicas e suas 
                                razões. Este livro foi uma das primeiras 
                                descobertas para muitos que agora trabalham claramente 
                                em uma perspectiva de convergência.
                              O maior conhecimento público 
                                do novo movimento veio por Stan White, um jovem 
                                da quarta geração de pastores da 
                                Assembléia de Deus de Valdosta, Georgia, 
                                que fomentou um grande debate quando tomou toda 
                                sua congregação carismática 
                                independente e foi para a Igreja Episcopal. A 
                                história foi contada pela revista “Cristianismo 
                                Hoje” em setembro de 1990 com o título: 
                                “Por que os bispos foram a Valdosta?”. 
                                A revista Carisma, a principal voz do movimento 
                                carismático, publicou um artigo em abril 
                                de 1991 sobre a ida de Stan White até uma 
                                Igreja que era completamente carismática, 
                                completamente evangélica, completamente 
                                litúrgica e sacramental.
                              Peter Giliquist, um líder 
                                do Ágape(Cruzada Estudantil para Cristo) 
                                nos anos 60, deixou o movimento Ágape com 
                                vários outros líderes próximos 
                                em busca da verdadeira Igreja do Novo Testamento. 
                                O livro de Giliquist “Fazendo-se Ortodoxo 
                                - Uma Viagem à Fé Cristã 
                                Antiga”, descreve uma crônica de sua 
                                perigrinação fascinante em busca, 
                                através do estudo e investigação, 
                                da Igreja primitiva durante quinze anos. Seus 
                                descobrimentos os dirigiram a serem recebidos 
                                e incluídos por completo na Igreja Ortodoxa 
                                de Antioquia. Dois mil crentes evangélicos/carismáticos 
                                que formaram a associação das quinze 
                                congregações que eles haviam fundado, 
                                foram recebidos também no ramo da Igreja 
                                Ortodoxa de Antioquia. 
                              Quando as notícias desses 
                                acontecimentos começaram a circular, vários 
                                líderes começaram a identificar 
                                algo novo e foram alentados pelo fato de reconhecerem 
                                que Deus estava verdadeiramente restaurando uma 
                                fé antiga em um mundo novo. Assim, esses 
                                líderes ficaram, de fato, aliviados ao 
                                descobrir que não eram os únicos 
                                que pensavam dessa maneira ou estavam convencidos 
                                por esta visão. De uma forma inesperada, 
                                pareceu que Deus estava confirmando sua chamada 
                                através do início de uma visão 
                                de unidade do Corpo de Cristo baseada na oração 
                                de Jesus em João 17 e na sua declaração 
                                em João 10:16 “Tenho outras ovelhas 
                                que não são deste aprisco. É 
                                necessário que eu as conduza também. 
                                Elas ouvirão a minha voz, e haverá 
                                um só rebanho e um só pastor” 
                                (NVI). Pareceu a eles ser uma unidade que não 
                                só ultrapassaria as fronteiras, mas que 
                                também dirigiria à ampliação 
                                e ao enriquecimento da fé, da visão, 
                                do culto e da prática da plenitude em toda 
                                a Igreja.
                              Dois grupos chaves de congregações 
                                locais que representavam e refletiam a visão, 
                                os valores e as práticas reveladas no MC 
                                se encontram nas áreas metropolitanas de 
                                Kansas e Oklahoma. A Igreja Hosanna del Rey, fundada 
                                em 1988 no Kansas como uma congregação 
                                carismática independente, foi um instrumento 
                                utilizado por Deus para despertar interesses e 
                                compartilhar, localmente e mais além, o 
                                despertar da convergência de correntes. 
                                Aberta por Wayne e Stephanie Boosahda, a Igreja 
                                é agora pastoreada por Randy e Sandy Sly, 
                                que vêm trabalhando junto com Boosahda numa 
                                forte ênfase quanto ao fomento do conhecimento 
                                desta obra do Espírito de Deus. 
                              Também encontramos nessa 
                                linha de convergência, congregações 
                                episcopais, carismáticas e evangélicas 
                                independentes. Os pastores Ron Mccrarye, da Igreja 
                                Episcopal de Cristo e Randall Davey, da Igreja 
                                Nazarena Overland Park, representam outros dois 
                                líderes e congregações impactados 
                                pelo pensamento e pela prática do MC.
                              Em Oklahoma, os pastores Mike e 
                                Beth Owen da Igreja do Espírito Santo, 
                                originalmente uma Igreja da Videira e o Dr. Robert 
                                Wise e sua esposa Margarita, da Igreja Comunitária 
                                do Redentor juntos com suas congregações, 
                                impactaram uma área de Oklahoma quando 
                                compartilharam suas experiências com outras 
                                congregações e líderes, especialmente 
                                dentro de círculos litúrgicos e 
                                carismáticos. Eles desenvolveram fortes 
                                vínculos com os de Kansas e, dessa forma, 
                                formalizaram a visão e os valores essenciais 
                                do movimento em nível nacional e internacional. 
                              
                              Essas Igrejas e seus líderes, 
                                juntamente com vários outros membros da 
                                Igreja de Jesus Cristo, estão convencidos 
                                de que se encontram envolvidos com algo significativo 
                                na história e na promessa para “a 
                                Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica” 
                                de Jesus Cristo em nosso tempo.
                              
                              Os Elementos 
                                Comuns de Igrejas de Convergência
                              Aqueles que são atraídos 
                                pelo Senhor a esta convergência de correntes 
                                são caracterizados por vários elementos 
                                comuns. Ao mesmo tempo, não obstante não 
                                estarem em ordem de importância, eles parecem 
                                formar a base para a direção e o 
                                enfoque do MC.
                              1. Um compromisso 
                                de restaurar os sacramentos, especialmente a Mesa 
                                do Senhor.
                              Os membros provenientes das correntes 
                                evangélicas e carismáticas da Igreja 
                                não tem enfatizado realmente a dimensão 
                                sacramental da Igreja. De fato, para eles, o Batismo 
                                e a Santa Comunhão são vistos mais 
                                como ordenanças do que como sacramentos 
                                - as ordens do Senhor devem ser empreendidas pela 
                                Igreja porém, não por um propósito, 
                                mas pela obediência. Analisando por uma 
                                perspectiva mais sacramental, estas duas expressões 
                                da vida da Igreja se vêem como santas e 
                                sagradas ao Senhor, símbolos com verdadeiro 
                                significado espiritual usados como um ponto de 
                                contato entre o homem e Deus. A presença 
                                do Senhor e do seu poder se libera nestes atos 
                                e o adorador os encontra por meio dos elementos.
                              2. Um desejo 
                                maior de conhecer mais sobre a igreja primitiva
                              Para muitos cristãos, existiu 
                                um vazio entre as páginas do Novo Testamento 
                                e a Igreja contemporânea. Isto deixou o 
                                Corpo desconectado, sem herança histórica. 
                                Como um barco à deriva, a Igreja tem tido 
                                dificuldades, ao longo dos tempos, em explicar 
                                quem é, de onde veio ou por que existe. 
                                Uma mudança recente, dentro desta perspectiva, 
                                fez com que a Igreja começasse a reencontrar 
                                suas raízes de tal forma a gerar uma conexão 
                                comum no contexto do Reino de Deus. O estudo da 
                                Igreja primitiva deu oportunidade a muitos de 
                                verem os princípios da Igreja do Novo Testamento 
                                levados a cabo pelos doze apóstolos e seus 
                                seguidores. Esses textos proporcionaram uma conexão 
                                com a época mais recente, explicando como 
                                a Igreja primitiva entendia sua fé e suas 
                                práticas, como adorava e como liderava 
                                um movimento crescente. Assim, a História 
                                do Corpo de Cristo pode ser descrita através 
                                das gerações posteriores, com seus 
                                êxitos e fracassos.
                              3. Amor 
                                e aceitação pela Igreja inteira 
                                e um desejo de ver a Igreja como uma.
                              As várias expressões 
                                do cristianismo permaneceram em seus elementos 
                                distintos por muitos anos através da separação 
                                sectária e das denominações. 
                                As Igrejas de convergência olham para mais 
                                além dessas barreiras artificiais para 
                                alentar, apreciar e aprender mais acerca da singularidade 
                                que encontramos nas diferentes comunidades de 
                                fé. A oração de Jesus em 
                                João 17 é o chamado à Igreja 
                                para ser como um Corpo, não mediante a 
                                doutrinas ou dogmas, senão a estar embaixo 
                                da unidade da Pessoa de Jesus Cristo - há 
                                unidade em nossa diversidade. Este sentido de 
                                unidade não requer de nenhuma Igreja renegar 
                                sua expressão própria como Corpo 
                                de Cristo, mas ao mesmo tempo nos chama a apreciar 
                                e acolher a variedade e a beleza da Igreja mundial 
                                ao longo da história. As igrejas de convergência 
                                apreciam a chegada das várias correntes 
                                de outras Igrejas. A chamada das Igrejas do MC 
                                é: “ser uma, seguir adiante, juntas, 
                                para representar um povo unido em Cristo para 
                                alcançar um mundo ferido e doente”.
                              4. A incorporação 
                                das práticas das três correntes é 
                                cada vez mais evidente apesar da ênfase 
                                de cada igreja ser diferente em sua experiência 
                                de convergência.
                              Uma Igreja não tem que mudar 
                                necessariamente sua identidade quando chega a 
                                fazer parte do movimento de convergência. 
                                A maioria das Igrejas de convergência tem 
                                uma base principal - ou uma expressão própria 
                                – que está diretamente ligada à 
                                corrente que a gerou. Dessa forma, elas podem 
                                ser episcopais, ortodoxas, batistas, nazarenas, 
                                carismáticas etc. e, mesmo assim, expressam 
                                elementos de culto e ministérios de outras 
                                correntes. Existem 3 tipos de Igrejas de convergência 
                                que são as mais comuns hoje: as Igrejas 
                                integradas, as inclusivas e as Igrejas de rede.
                              As Igrejas integradas têm 
                                mantido sua identidade original. A esta base, 
                                agregam em suas práticas de culto e ministério 
                                elementos das outras correntes que não 
                                possuem. Isto tem sido muito comum entre as Igrejas 
                                litúrgicas/sacramentais e também 
                                nas Igrejas mescladas, que são fundadas 
                                entre as correntes evangélicas e carismáticas. 
                                A igreja Nazarena Overland Park, Kansas, se enquadra 
                                claramente no MC apesar de permanecer fortemente 
                                identificada com sua herança confessional.
                              As Igrejas inclusivas são 
                                aquelas que sofreram uma metamorfose ao se tornaram 
                                parte do MC. Principalmente, de fundo carismático 
                                e evangélico, estas igrejas se encontram 
                                em si mesmas identificadas tão de perto 
                                com outras correntes que chegam a modificar a 
                                si mesmas e muitas chegam a fazer parte das confissões 
                                litúrgicas/sacramentais. A Igreja do Rei 
                                (Valdosta, Geórgia), a qual mencionamos 
                                no início deste artigo, é provavelmente 
                                a Igreja inclusiva mais conhecida nos últimos 
                                anos.
                              As Igrejas de rede são as 
                                mais independentes que têm feito parte do 
                                MC e deixaram suas associações anteriores, 
                                porém escolheram permanecer independentes. 
                                Suas conexões se baseiam em relações 
                                fortes com outras Igrejas similares. A maioria 
                                delas provém da corrente carismática.
                              5. Um interesse 
                                de integrar estrutura com a espontaneidade no 
                                culto 
                              À medida que o Espírito 
                                de Deus continua movendo-se poderosamente no mundo, 
                                novos odres (ou estruturas) são requeridos 
                                para conter o poder e o potencial do vinho novo. 
                                Apesar da maioria dos cristãos futuristas 
                                esperarem que os odres novos sejam compostos de 
                                Igrejas mais abertas e espontâneas, com 
                                uma estrutura menos enfática, o Espírito, 
                                independentemente do presente, ressalta a impressão 
                                de que isto seria como verter vinho em uma rede 
                                de peixes, especialmente em cristãos norte-americanos.
                              O fogo santo de Deus se acende 
                                em fornos de fé nos quais a estrutura, 
                                associada às formas litúrgicas, 
                                permitem que o poder seja compartilhado sem o 
                                temor de cair-se em erros. As liturgias se reintroduzem 
                                para trazer um equilíbrio necessário 
                                ao culto entre todos os elementos que as escrituras 
                                revelam como sendo necessários para adorar 
                                a Deus em Espírito e em verdade. 
                              A palavra “liturgia”, 
                                significa literalmente “o serviço 
                                das pessoas”. Pela implementação 
                                dos elementos litúrgicos, o culto passa 
                                a ser o serviço do corpo na adoração, 
                                no arrependimento, no escutar das Escrituras e 
                                na celebração da morte e ressurreição 
                                de Cristo. Dentro dessas formas, sempre se pode 
                                encontrar liberdade para a ação 
                                espontânea do Espírito. Os credos 
                                históricos da Igreja – o Credo dos 
                                Apóstolos, o Credo Niceno, etc., estão 
                                dando cada vez mais ao corpo de Cristo as raízes 
                                fundamentais da ortodoxia. O Livro de Oração 
                                Comum e outros recursos litúrgicos também 
                                interagem com o culto e a adoração 
                                espontânea nas Igrejas de convergência. 
                                A Mesa do Senhor se celebra com uma maior compreensão 
                                da santidade do acontecimento e as Igrejas seguem 
                                o ano cristão e o calendário eclesiástico 
                                mais consistentemente como um meio de levar o 
                                povo a uma viagem anual de fé. Todas essas 
                                expressões dão às comunidades 
                                locais uma conexão maior com a Igreja mundial 
                                e com a Igreja através da história. 
                              
                              6. Uma maior 
                                participação dos sinais e dos símbolos 
                                no culto através das cruzes, da arte cristã 
                                e das vestes clericais.
                              A Igreja contemporânea começou 
                                a recuperar a arte para Cristo. Neste movimento, 
                                o uso de sinais e símbolos serve como a 
                                representação maior da verdade. 
                                Desta forma, outros símbolos aparecem também 
                                como pontos de contato para unir duas realidades: 
                                o sinal e o símbolo exterior e a realidade 
                                interna e espiritual. As cruzes e as velas agora 
                                adornam procissões em algumas Igrejas que 
                                por anos tiveram a ostentação como 
                                um sinal da morte da fé essencial. Alguns 
                                pastores tornaram usuais as vestes clericais em 
                                vários serviços, cultos e celebrações 
                                da Igreja. Tudo isto serve como um sinal e enriquece 
                                a realidade espiritual de ser unido com Cristo 
                                e identificando com a fala profética estendida 
                                a toda Igreja que diz: “Sejam um”.
                              
                              7. Um compromisso 
                                contínuo até a salvação 
                                pessoal, o ensinamento bíblico e o trabalho 
                                e ministério do Espírito Santo.
                              Alguns que olham esta “nova 
                                direção” dos evangélicos 
                                ou carismáticos estão ainda céticos. 
                                Nesse sentido, nota-se claramente uma preocupação 
                                de que essas Igrejas de convergência abandonem 
                                sua herança e o valor da infalibilidade 
                                bíblica e da conversão pessoal e 
                                se percam comprometendo os elementos litúrgicos/sacramentais. 
                                Com freqüência, essa preocupação 
                                surge de experiências pessoais prévias 
                                e negativas com certas expressões da Igreja 
                                ou um estereótipo errôneo. Aqueles 
                                que observam as Igrejas litúrgicas/sacramentais 
                                estão geralmente preocupados que suas Igrejas 
                                aceitem expressões mais conservadoras ou 
                                fundamentalistas da fé e da prática.
                              Este movimento, definitivamente, 
                                não é o abandono de uma corrente 
                                por outra mas é uma convergência. 
                                A obra de Deus é inclusiva e não 
                                exclusiva, levando adiante cada elemento que foi 
                                identificado. Dessa forma, temas como evangelismo, 
                                missões e a obra do ministério pelo 
                                poder do Espírito, permanecem intactos 
                                nesse caminho. O poder de Deus continua a ser 
                                liberado de forma maravilhosa na vida das pessoas, 
                                produzindo a conversão, a santidade, a 
                                liberdade e a mudança de vida.
                              A herança bíblica, 
                                rica e essencial, da Igreja no poder e na primazia 
                                da Palavra tem sido mais completamente desenvolvida 
                                quando as Igrejas dão mais tempo no culto 
                                à leitura em conjunto da Bíblia. 
                                Isto cumpre a admoestação de Paulo 
                                a Timóteo “dedique-se a ler as escrituras, 
                                a pregar e a ensinar”. Ironicamente, em 
                                um domingo pela manhã, geralmente, se lêem 
                                mais as Escrituras geralmente em um serviço 
                                litúrgico tradicional do que nas reuniões 
                                evangélicas ou carismáticas
                              
                              Conclusão
                              O futuro da Igreja será 
                                impactado significativamente pelo Movimento de 
                                Convergência. Os muros entre grupos e denominações 
                                são véus que se podem romper abertamente, 
                                dando às outras ramificações 
                                do cristianismo uma maior oportunidade de experimentar 
                                outras formas de fé e prática.
                              Quando o Movimento de Convergência 
                                se consolida, denominações encontram 
                                crescimento numérico e refrigério 
                                nas suas Igrejas. A grande quantidade de ingresso 
                                de pessoas, com vários níveis de 
                                contatos nessas Igrejas, tráz uma vitalidade 
                                para a antiga fé que é vibrante 
                                e forte. Sua devoção intensa pelas 
                                formas antigas será contagiante e será 
                                acolhida por aqueles que perderam seu entusiasmo.
                              As trajetórias educativas 
                                formais e informais em várias correntes 
                                podem chegar a ser muito mais extensas em seu 
                                alcance, dirigindo-se a temas que podem ser a 
                                teologia e as práticas sacramentais, os 
                                ritos de iniciação, a obra do Espírito 
                                Santo, etc.
                              O Movimento de Convergência 
                                abrirá também maiores oportunidades 
                                para recursos e ministérios compartilhados 
                                devido à arquitetura e a disposição 
                                das Igrejas em serem conduzidas aos elementos 
                                mais comuns do culto de diferentes correntes. 
                                Os enfoques do ministério chegarão 
                                a ser também mais semelhantes, permitindo 
                                uma maior variedade de Igrejas que trabalhem conjuntamente 
                                no evangelismo, no discipulado, na ação 
                                social e na vida da comunidade cristã.
                              Nos versos finais do Antigo Testamento, 
                                existe uma promessa referente ao espírito 
                                de Elias que converterá o coração 
                                dos pais ao coração dos filhos e 
                                o coração dos filhos ao coração 
                                dos pais. Ao mesmo tempo, esses versos vão 
                                sendo usados em nossos dias para caracterizar 
                                a necessidade de converter os valores das famílias. 
                                Existe também a esperança que um 
                                novo espírito se derrame sobre a Igreja 
                                e faça converter os corações 
                                desta geração de crentes até 
                                aos pais apostólicos e outros que formaram 
                                a fé essencial idealizada nos séculos 
                                posteriores à ascensão de Cristo. 
                                Eles Imaginaram e trabalharam por um cristianismo 
                                que era ortodoxo e duradouro de geração 
                                a geração, operando na estreita 
                                aderência à revelação 
                                de Cristo para a Igreja. A Igreja do Século 
                                XXI olha agora com entusiasmo os pais da fé 
                                e descobre nova vida nas formas e estruturas que 
                                Deus construiu em seu meio.
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